Bitcoin pode chegar a US$ 103 mil com investidores ignorando inflação

Analistas preveem alta do Bitcoin para US$ 103 mil com aumento da participação do varejo, mesmo em cenário de inflação elevada nos EUA.
Por Mikael Araújo
14 de fevereiro de 2025
Moedas douradas com o símbolo do Bitcoin dispostas em círculo sobre fundo vermelho com gráfico de preço em queda.

O Bitcoin pode ultrapassar a marca dos US$ 100 mil após enfrentar forte pressão vendedora na última semana. A participação dos investidores de varejo está aumentando novamente, o que pode impulsionar ainda mais o preço. Os investidores decidiram não se concentrar no ambiente inflacionário, mesmo com os dados elevados do índice de preços ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) dos EUA.

Pressão compradora pode levar Bitcoin a US$ 103 mil

O analista de criptomoedas Justin Bennett avaliou os recentes movimentos do Bitcoin, indicando a possibilidade de uma posição compradora em um futuro próximo. Em suas redes sociais, Bennett observou o atual padrão de negociação lateral do Bitcoin, relacionando-o ao otimismo que impulsiona a alta do mercado. Bennett escreveu:

“Não está legal, mas com as ações subindo baseadas em esperança, existe uma boa chance de que essa movimentação lateral termine com uma pressão compradora no Bitcoin.”

Bennett indica que o Bitcoin pode subir rapidamente até US$ 103 mil, onde encontra a próxima resistência importante. No momento desta publicação, o Bitcoin era negociado próximo à estabilidade em US$ 96.840, com volume diário de negociação em queda de 35% para US$ 32 bilhões.

Gráfico de velas diário do Bitcoin mostrando um canal descendente com níveis de suporte e resistência.
Gráfico técnico do Bitcoin indica possível reversão após teste de suporte.

Entendendo o gráfico

O gráfico técnico mostra o BTC operando em um canal descendente, testando suporte próximo a $94.000. Uma zona de liquidez está marcada entre US$102.000 e US$104.000, sugerindo potencial área-alvo para um movimento de alta caso ocorra uma reversão do atual padrão de baixa.

Demanda do varejo cresce apesar dos dados econômicos dos EUA

A demanda do varejo por Bitcoin mostra sinais de recuperação após um breve período de consolidação. Dados recentes indicam que a atividade do varejo caiu apenas 2% nos últimos 30 dias, uma melhora expressiva em comparação à queda de 20% registrada em janeiro.

O analista de mercado Kyledoops sugere que essa resiliência, junto com a melhora do sentimento, pode abrir caminho para o próximo movimento de alta do Bitcoin. No entanto, resta saber quando esse período de consolidação terminará.

Na terça-feira, Jerome Powell indicou que o afrouxamento monetário não está no horizonte. No dia seguinte, a inflação subiu para 3%, e o índice de preços ao produtor (PPI) acima do esperado sugere que a inflação persiste. Esses sinais econômicos indicam que as condições de liquidez permanecerão restritas, reduzindo a probabilidade de cortes nas taxas de juros no curto prazo.

Gráfico mostrando volume de transações e mudança na demanda de investidores de varejo por Bitcoin, com preço do BTC sobreposto.
Variação da demanda do varejo por Bitcoin revela tendência de recuperação após período de queda.

Entendendo o gráfico de variação da demanda

O gráfico demonstra que, após uma queda significativa na demanda do varejo (linha vermelha), houve uma recuperação. O volume de transferências (verde) também mostra tendência de alta, coincidindo com a valorização do preço do Bitcoin (linha preta).

Interesse institucional em Bitcoin aumenta

A demanda por Bitcoin entre instituições e empresas tem crescido, com a GameStop manifestando interesse em incluir BTC em seu balanço. “Toda a liquidez está indo para Bitcoin. Não ouvi nenhuma instituição dizer que está comprando outras criptomoedas”, observou o analista Ali Martinez.

Matthew Sigel, chefe de pesquisa de ativos digitais da VanEck, destacou que 20 estados americanos estão avançando com legislações relacionadas a reservas em Bitcoin. Se todos esses projetos forem aprovados, podem direcionar aproximadamente US$ 23 bilhões para o mercado de Bitcoin, equivalente a cerca de 247.000 BTC.

 

Mikael Araújo é formado em Ciências da Computação pela Universidade Vale do Araújo — UVA. Trabalha com marketing digital há mais de 7 anos, tendo SEO como sua especialidade. Foi mentorado em SEO por Jamie Indigo como parte do programa da FCDC - Freelance Coalition for Developing Countries e também atuou como mentor. Trabalhou como especialista em SEO para empresas como GetNinjas, StarOfService, Alana.ai, O POVO, entre outras. Atua no mercado de criptomoedas desde 2017, trabalhando como consultor de marketing para empresas como ICOBox. io (extinta), PointPay.io, além de exchanges e startups cripto. No BeInCrypto, exerceu a função de estrategista de conteúdo para a localização brasileira da empresa e SEO. Na CoinGape atua como Editor para a localização brasileira do site.
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