Bancos dos EUA podem operar com criptomoedas após aprovação da OCC

A OCC autorizou bancos a oferecerem serviços de custódia e execução de criptoativos, abrindo novas possibilidades para o setor bancário.
Por Mikael Araújo
08 de maio de 2025
Montagem com logo do US Bank, símbolo do Bitcoin e gráficos de preço em fundo escuro.

Destaques

  • A nova carta interpretativa da OCC confirma que bancos americanos podem oferecer serviços de custódia e execução de criptomoedas;
  • Bancos também podem terceirizar operações de cripto para outras empresas, mediante supervisão;
  • A medida fortalece a clareza regulatória em torno do setor bancário de criptomoedas nos EUA.

O Escritório do Controlador da Moeda (OCC) confirmou oficialmente que bancos americanos e associações federais de poupança estão autorizados a fornecer serviços de custódia e execução de criptomoedas. Publicada em 7 de maio, a Carta Interpretativa 1184 expande orientações anteriores e traz mais clareza sobre como os bancos podem se envolver legalmente em operações bancárias com criptoativos.

Esta atualização também dá permissão aos bancos para terceirizar serviços relacionados a criptomoedas, como custódia e execução, para provedores externos, desde que sigam os protocolos adequados de gestão de riscos. É o sinal mais claro até agora de que os bancos podem desempenhar um papel direto no setor bancário de criptomoedas sem ambiguidade regulatória.

O que a carta da OCC realmente significa para os bancos?

De acordo com a OCC, os bancos estão autorizados a comprar e vender criptoativos mantidos em custódia com base nas instruções do cliente. Na prática, isso significa que os bancos americanos podem atuar como intermediários em transações de criptomoedas sem precisar possuir os ativos.

A carta se baseia em duas orientações anteriores, as Cartas 1170 e 1183, que já abordavam custódia e serviços de cripto. Agora, a OCC conecta esses documentos em uma estrutura mais organizada. É importante ressaltar que a nova orientação confirma que trabalhar com provedores terceirizados é permitido. Isso é um grande avanço para bancos que querem entrar nesse mercado rapidamente sem precisar construir toda a infraestrutura internamente.

A OCC também lembrou aos bancos que a custódia de criptomoedas deve ser realizada de “maneira segura e sólida”, com total conformidade com todas as leis aplicáveis. Portanto, embora a porta esteja aberta, a supervisão e os controles de risco serão observados de perto.

Qual o impacto para o mercado bancário de criptos nos EUA?

Com a clareza regulatória agora estabelecida, bancos tradicionais podem começar a oferecer serviços de ativos digitais como custódia de carteiras, execução de negociações e até infraestrutura de staking. Será que veremos grandes bancos americanos entrando no mercado de criptomoedas ainda este ano?

A carta não muda a lei federal, mas alinha as orientações bancárias com a crescente demanda por serviços de criptomoedas. É uma medida bem-vinda para o setor, especialmente porque alguns reguladores têm adotado um tom mais cauteloso nos últimos meses.

Os EUA saem na frente na adoção de ativos digitais

Esta decisão da OCC chega em um momento em que outras regiões dos EUA estão intensificando sua participação no mercado de criptomoedas. Por exemplo, Oregon acabou de aprovar uma lei que reconhece oficialmente ativos digitais como garantia. Essa medida tem como objetivo simplificar os empréstimos em criptomoedas e aumentar a confiança institucional nos ativos digitais como ferramentas financeiras.

O impulso também está crescendo em outros estados. Nos últimos dias, Texas, New Hampshire e Arizona avançaram na construção de reservas estratégicas de Bitcoin. Estados liderados por governadores tanto republicanos quanto democratas estão apoiando essas iniciativas, o que mostra que o Bitcoin está se tornando um tema bipartidário no sistema financeiro americano.

No Brasil, essas mudanças podem servir de inspiração para nosso Banco Central, que ainda engatinha na regulamentação de criptoativos. Como diriam os mineiros, “enquanto a América do Norte corre, nós ainda estamos amarrando os cadarços”. Mas o caminho parece estar sendo pavimentado globalmente para uma integração cada vez maior entre o sistema financeiro tradicional e o mercado de criptomoedas.

Sou editor na localização brasileira CoinGape Media desde 2024 e possuo experiência em conteúdo, marketing e SEO para a indústria de criptomoedas e Web3 desde 2017. Como editor, sou responsável pela curadoria dos conteúdos publicados, sua revisão e verificação. Anteriormente, contribuí como PR Associate para a extinta ICOBox, colaborando na elaboração de press releases de diversos projetos de criptomoedas para o público brasileiro e internacional. Lá, dezenas análises sobre o mercado cripto foram publicadas para fomentar conhecimento ao público brasileiro. Em seguida, atuei como Marketing Strategy Advisor para a PointPay nos estágios iniciais da exchange, com foco em sua expansão internacional. Depois, colaborei com a localização brasileira do BeInCrypto como estrategista de conteúdo. Lá, também ofereci suporte ao time editorial local e internacional, incluindo a elaboração de artigos sobre criptoativos, análises de tokens, entre outros formatos de conteúdo. Para além do mercado de criptoativos, colaborei com publicações em outros portais de mídia, como: Empreendedor.com, Hostgator, Vitamina Publicitária e Profissas. Ainda atuei como parte do time de audiência do Jornal O Povo. Em 2024, participei como coautor do capítulo de SEO do Web Almanac e fui eleito como um dos 40 profissionais de SEO para se seguir pela Niara. Em nossa cobertura, priorizamos a análise de criptomoedas, principalmente Bitcoin, altcoins e memecoins. Além disso, cobrimos o noticiário diário sobre criptoativos.
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