Por que o mercado de criptomoedas está em queda hoje (14 de outubro)

O mês de outubro começou com o mercado de criptomoedas registrando ganhos impressionantes. O Bitcoin atingiu a máxima histórica acima de US$ 126.000 no dia 6 de outubro. No entanto, os ativos encontraram uma forte desaceleração devido ao aumento das tensões na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

Mercado cripto sofre com aquecimento da guerra comercial entre EUA e China

A queda histórica do mercado de criptomoedas começou na última sexta-feira, 10 de outubro. Naquele dia, o preço do Bitcoin caiu logo após o presidente Trump anunciar uma proposta de tarifa adicional de 100% sobre importações chinesas. As tarifas terão vigência a partir de 1º de novembro de 2025. Nesse período, o Bitcoin despencou de aproximadamente US$ 122.500 para uma mínima de US$ 104.600 em questão de horas, enquanto o Ethereum caiu cerca de 21%.

Na terça-feira, 14 de outubro, as tensões entre os países se aprofundaram. China e Estados Unidos começaram a impor novas taxas portuárias nas operações de transporte marítimo um do outro. Isso estendeu a guerra comercial para o setor de transportes.

A Reuters reportou que a China confirmou que coletaria “taxas especiais” sobre navios construídos, de propriedade ou operados pelos EUA, enquanto isentava suas embarcações domésticas. Os Estados Unidos, em resposta, implementaram tarifas sobre madeira importada, móveis e armários de cozinha, dos quais a maioria se origina da China.

O Ministério do Comércio da China alertou que “lutará até o fim se os EUA quiserem uma guerra comercial”.  Ao mesmo tempo, o órgão também deixou espaço para a diplomacia: “Se houver conversa, a porta permanece aberta”. Contudo, a declaração fez pouco para acalmar os mercados, com investidores se preparando para um atrito econômico prolongado entre as duas superpotências.

Analistas observaram que as hostilidades renovadas entre EUA e China provocaram realização de lucros em larga escala após fortes desempenhos no início do mês. A queda foi amplificada por investidores altamente alavancados que foram forçados a liquidar suas posições, criando um efeito cascata no mercado 24/7.

Medo retorna ao mercado de criptomoedas com perdas bilionárias

O Índice de Medo e Ganância para o Bitcoin agora está na zona de “Medo”. A pontuação de 42 (neutro) mostrou que os investidores estão se sentindo cautelosos. Dados da Glassnode indicam que as taxas de financiamento nos mercados de derivativos estão em seus níveis mais baixos desde o mercado baixista de 2022.

Desde o dia 6 de outubro, aproximadamente US$ 560 bilhões, ou 13,1%, foram apagados da capitalização total do mercado cripto. No dia 14 de outubro, a capitalização do mercado caiu para US$ 3,76 trilhões, com o Bitcoin sendo negociado a US$ 111.332 (queda de 10,59% em 7 dias) e o Ethereum a US$ 3.969 (queda de 15,68% em 7 dias).

O evento de liquidação registrou números históricos. Segundo a CoinGlass, aproximadamente US$ 19 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas, marcando o maior evento de liquidação em um único dia já registrado pela empresa de análise cripto.

Somando-se ao momentum baixista, os ETFs spot de Ethereum registraram US$ 429 milhões em saídas líquidas em 13 de outubro, o terceiro dia consecutivo de retiradas. Os ETFs spot de Bitcoin também registraram um total de US$ 327 milhões saindo do mercado, totalizando US$ 756 milhões em saídas combinadas.

Alimentando ainda mais o medo, uma baleia insider de Trump, que vendeu Bitcoin a descoberto antes do crash do mercado na semana passada, expandiu sua posição vendida para US$ 392 milhões. Essa mesma baleia havia anteriormente vendido a descoberto US$ 700 milhões em BTC e US$ 350 milhões em ETH, obtendo mais de US$ 200 milhões em lucro. Suas apostas renovadas sugerem que outra correção de preço pode ser iminente, com risco de liquidação se o Bitcoin ultrapassar US$ 121.000.

Altcoins sofrem perdas devastadoras

Enquanto o Bitcoin caiu aproximadamente 10%, as altcoins sofreram quedas significativas durante o colapso. Tokens excluindo Bitcoin, Ethereum e stablecoins caíram cerca de 33% em aproximadamente 25 minutos durante o pico da venda na sexta-feira.

Moedas altamente especulativas sofreram impactos muito mais severos: o Dogecoin caiu mais de 50%, enquanto a moeda US$ TRUMP do presidente Donald Trump despencou cerca de 63% em seu ponto mais baixo. Tentar novamente Segundo dados atuais do mercado, o Dogecoin está sendo negociado a US$ 0,1984 (queda de 24,16% em 7 dias), enquanto o XRP registra US$ 2,44 (queda de 17,81% em 7 dias).

Perspectivas para o mercado

Apesar da queda acentuada, alguns especialistas argumentam que a correção pode ser temporária e que o evento limpou a alavancagem excessiva do mercado. Analistas da Santiment observaram que o resultado das negociações comerciais em andamento entre EUA e China provavelmente determinará se o mercado cripto se estabiliza ou enfrenta mais perdas.

Especialistas também apontam que forças estruturais, como adoção de ETFs, fluxos institucionais e clareza regulatória, continuam a apoiar o crescimento de longo prazo do setor. Além disso, especialistas consideram o corte de juros programado pelo Federal Reserve para o final de outubro como um fator atenuante crítico que pode ajudar na recuperação do mercado.

Historicamente, quedas similares têm apresentado oportunidades de compra uma vez que a poeira baixa, embora a volatilidade de curto prazo deva continuar até que as incertezas geopolíticas sejam resolvidas.

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Sou editor na localização brasileira CoinGape Media desde 2024 e possuo experiência em conteúdo, marketing e SEO para a indústria de criptomoedas e Web3 desde 2017. Como editor, sou responsável pela curadoria dos conteúdos publicados, sua revisão e verificação. Anteriormente, contribuí como PR Associate para a extinta ICOBox, colaborando na elaboração de press releases de diversos projetos de criptomoedas para o público brasileiro e internacional. Lá, dezenas análises sobre o mercado cripto foram publicadas para fomentar conhecimento ao público brasileiro. Em seguida, atuei como Marketing Strategy Advisor para a PointPay nos estágios iniciais da exchange, com foco em sua expansão internacional. Depois, colaborei com a localização brasileira do BeInCrypto como estrategista de conteúdo. Lá, também ofereci suporte ao time editorial local e internacional, incluindo a elaboração de artigos sobre criptoativos, análises de tokens, entre outros formatos de conteúdo. Para além do mercado de criptoativos, colaborei com publicações em outros portais de mídia, como: Empreendedor.com, Hostgator, Vitamina Publicitária e Profissas. Ainda atuei como parte do time de audiência do Jornal O Povo. Em 2024, participei como coautor do capítulo de SEO do Web Almanac e fui eleito como um dos 40 profissionais de SEO para se seguir pela Niara. Em nossa cobertura, priorizamos a análise de criptomoedas, principalmente Bitcoin, altcoins e memecoins. Além disso, cobrimos o noticiário diário sobre criptoativos.

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