Inflação nos EUA cai para 2,7% e impulsiona o Bitcoin
Destaques
- A inflação medida pelo IPC nos Estados Unidos caiu para 2,7% em novembro, abaixo das expectativas de 3%;
- O Bitcoin reagiu positivamente aos dados e ultrapassou a marca de US$ 88 mil;
- Dados indicam possibilidade de novos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em 2025.
A inflação nos Estados Unidos apresentou queda significativa em novembro. Ela ficou abaixo das expectativas do mercado e impulsionou o preço do Bitcoin. Os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgados pelo Bureau of Labor Statistics (agência governamental responsável por estatísticas trabalhistas nos EUA) indicam arrefecimento da economia americana. Esse cenário pode abrir caminho para novos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e, consequentemente, beneficiar o mercado de criptomoedas.
IPC americano surpreende e Bitcoin sobe acima de US$ 88 mil
Segundo os dados oficiais do Bureau of Labor Statistics (BLS), o IPC registrou alta de 2,7% em base anual em novembro. O resultado ficou abaixo das projeções de mercado, que apontavam para 3%, e também inferior aos 3,1% registrados em setembro. Além disso, o núcleo do IPC, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, apresentou alta de 2,6%, também abaixo das expectativas de 3% e dos 3,0% de outubro. Este é o menor nível do núcleo do IPC desde março de 2021.
O preço do Bitcoin reagiu de forma imediata a divulgação dos dados, subindo de uma mínima intradiária de US$ 86 mil para acima de US$ 88 mil. Com isso, o BTC acumulou valorização de quase 3% e se aproximou do patamar psicológico de US$ 89 mil.

Dados macroeconômicos favorecem mercado de criptomoedas
Os dados macroeconômicos representam um sinal positivo para o Bitcoin e o mercado de criptomoedas como um todo. Eles indicam que a inflação nos Estados Unidos continua em trajetória de desaceleração, apesar das preocupações de alguns membros do Fed que defendem cautela em relação a novos cortes nas taxas de juros.
Vale destacar que Chris Waller, governador do Federal Reserve, afirmou que não espera uma reaceleração da inflação. Por isso, ele acredita que o foco da política monetária deveria estar no mercado de trabalho. Segundo Waller, o mercado de trabalho americano está “muito fraco” e justifica a implementação de novos cortes nas taxas.
A divulgação dos dados do IPC ocorreu logo após a divulgação dos números do mercado de trabalho norte-americano no início desta semana. A taxa de desemprego atingiu 4,6%, o nível mais alto desde 2021, sinalizando que o mercado de trabalho continua enfraquecendo. Em conjunto, esses indicadores fortalecem o argumento para um corte nas taxas em janeiro. Entretanto, os participantes do mercado de criptomoedas ainda apostam que o Fed manterá as taxas estáveis no próximo mês.
Especialistas defendem mais cortes nas taxas de juros
Os dados de inflação abaixo do esperado geraram um debate entre analistas e autoridades sobre a necessidade de novos cortes nas taxas de juros ao longo de 2025. O especialista em mercado Anthony Pompliano comentou que a inflação veio bem abaixo das expectativas. Dessa forma, ele defende que o Federal Reserve deveria reduzir as taxas de juros em 50 pontos-base.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também tem defendido cortes mais agressivos nas taxas. Trump declarou que deseja ver as taxas de juros caírem para até 1%, argumentando que não há inflação no país. Recentemente, o presidente americano afirmou que em breve anunciará seu indicado para a presidência do Fed. Segundo Trump, o escolhido apoia taxas de juros mais baixas.
De acordo com dados da plataforma de previsões Polymarket, Kevin Hassett, conselheiro da Casa Branca, é atualmente o favorito para substituir Jerome Powell no comando do banco central americano. Hassett declarou hoje que considera apropriado que o Fed reduza as taxas de juros neste momento.
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