De acordo com a BBC dados de mais de 1o milhões de hóspedes do hotel MGM, um dos mais famosos de Las Vegas, foram vazados em ataque hacker.
Há um ditado famoso de que “o que acontece em Vegas, fica em Vegas”. Mas ao que parece essa ideia está sendo desafiada pelo vazamento de dados pessoais de mais de 10 milhões de pessoas que se hospedaram no hotel MGM em Las Vegas. Há dúvidas sobre a extensão e conteúdo de todos os dados acessados pelos hackers.
O hack foi admitido nesta última quarta feira (19). Os dados vazados contém: nomes, endereço e números de passaporte de milhões de pessoas. A rede de hotéis minimizou o crime e disse que nenhuma informação financeira foi roubada ou vazada na internet.
O MGM disse que não poderia confirmar o número de 10 milhões de pessoas afetadas, pois registros podem ser duplicados em caso das pessoas se hospedarem mais de uma vez no mesmo hotel.
Este não foi o maior hack de informações de hóspedes de hotéis na história. Os hotéis Marriott sofreram no passado recente uma violação de dados que expôs informações de 500 milhões de pessoas.
Segurança da Informação
O acontecimento com o hotel MGM acende novamente a discussão sobre a segurança dos dados das pessoas em posse de entidades que guardam esses registros de forma centralizada. Bancos de dados centralizados são muito mais susceptíveis à invasão e ataques hackers, o que explica a importância do desenvolvimento de soluções distribuídas ou descentralizadas para o armazenamento de informações sensíveis a fim de dificultar esse tipo de ataque.
O Bitcoin e as Criptomoedas que usam blockchains públicas foram construídas com base na importância da descentralização e uso de criptografia pesada para evitar que o sistema fosse hackeado e destruído pela ação maliciosa de hackers mal intencionados.
A medida do sucesso da blockchain é a medida da utilidade das moedas digitais como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor, o que não ocorreria se o sistema fosse hackeado e perdesse sua segurança, levando as pessoas a perderem a confiança na tecnologia e conduzindo ao colapso da ideia como um todo.
Aplicações arrojadas de armazenamento e compartilhamento de dados (além de moedas digitais) estão sendo pensados e desenvolvidos com base na tecnologia blockchain a fim proteger a privacidade das pessoas em diversos contextos, mas soluções efetivas e definitivas ainda estão no horizonte futuro. Até lá, pessoas, empresas e governos precisarão a aprender a lidar com ataques nessa área sensível e nesse momento de forte interação entre as pessoas e a tecnologia.