- Ideia legislativa propõe a compra de R$ 429 bilhões em Bitcoins pelo Brasil
- Cidadão quer que país negocie BTCs como forma de reserva de valor internacional
- Proposta precisa de 20 mil assinaturas para ser analisada pelo Senado federal
Assim como o ouro, o Brasil deveria adotar o Bitcoin (BTC) como uma importante reserva de valor internacional para o país. De acordo com uma ideia legislativa apresentada recentemente pelo cidadão Gustavo Gomes, da Bahia, o país poderia alocar parte da reserva financeira em criptomoedas.
No total, o usuário apresenta que a reserva em Bitcoin do Brasil seria de 5% a 10% do valor total da criptomoeda. Ou seja, considerando que a criptomoeda pode atingir até 21 milhões de unidades, a proposta prevê a compra de até 2,1 milhões de BTCs.
Além de falar sobre a adoção do Bitcoin como reserva de valor internacional, a ideia legislativa apresenta o caso de El Salvador como modelo de representação da importância da criptomoeda no cenário econômico internacional.
Bitcoin como reserva de valor
Um brasileiro tenta ser ouvido no Senado federal sobre a ideia de adoção de BTCs como reserva de valor para o Brasil. Assim como a Tesla e a SpaceX, Gustavo Gomes acredita que o país precisa investir em BTC nos próximos anos.
Segundo a ideia legislativa apresentada por ele, em breve outros países devem usar a criptomoeda como reserva de valor. Além disso, o usuário descreve o interesse em BTC aumentou com a adoção do país El Salvador, que declarou a criptomoeda como moeda nacional.
“A adoção do Bitcoin pelo país El Salvador, excluindo o dólar como moeda no país, surgiu o interesse de vários países do mundo para estudar e adotar o Bitcoin como reserva de valor.”
5% a 10% em BTC
Embora a ideia legislativa ainda não tenha sido apreciada pelo Senado Federal, a proposta legislativa prevê a compra de até 2,1 milhões de unidades de Bitcoin no mercado.
Conforme sugere o brasileiro Gustavo Gomes, o país deveria ser detentor de 5% a 10% do total de Bitcoins que podem ser emitidos até 2.140. Ou seja, considerando a cotação do BTC nesta segunda-feira (2), o usuário aponta que o país deve comprar entre US$ 41 bilhões e US$ 82 bilhões, ou ainda, cerca de R$ 215 bilhões e R$ 429 bilhões, respectivamente.
“Tendo em vista os avanços tecnológicos, é necessário que nosso país adquira pelo menos 5% a 10% do fornecimento total do Bitcoin, próxima moeda mundial utilizada como reserva de valor pelos países.”
Ouro digital
Considerado o “ouro digital” pelo proponente da ideia legislativa no Senado federal, o Bitcoin é apresentado ao Brasil como uma reserva de valor internacional alternativa ao metal precioso.
Recentemente, o Brasil adquiriu 41,8 toneladas de ouro, e atualmente a reserva no metal precioso corresponde a US$ 6,873 bilhões, ou ainda, 121,1 toneladas. Considerando o valor sugerido pelo usuário, é como se o Brasil investisse seis vezes mais na criptomoeda em relação ao ouro.
Em contrapartida, o valor apresentado na ideia legislativa é menor do que o total da reserva internacional do país, que atualmente está majoritariamente alocada em dólar estadunidenses, e corresponde a quase US$ 340 bilhões.
Enquanto a ideia legislativa não é apreciada pelo Senado federal, a proposta recolherá assinaturas para seguir para a análise legislativa. No total, o projeto precisa de vinte mil assinaturas para ser discutido entre os parlamentares.
Até lá, a ideia sobre o Brasil criar uma reserva de valor continuará recebendo assinaturas no site de consulta e-Cidadania. A ideia legislativa deve recolher as assinaturas em até quatro meses para que o projeto seja avaliado no Senado.
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