China contra as criptomoedas: 8 Vantagens e desvantagens

By Guilherme de Faria
novembro 2, 2021

A posição da China contra as criptomoedas é uma questão complicada. A divisão entre aqueles que dizem que é o fim e aqueles que pensam que não é nada é quase 50/50.

Naturalmente, nada é preto e branco. Esta posição pode ser tão negativa quanto positiva. Tudo depende da forma como vemos, mas também dos efeitos jurídicos e sociais que ocorrem fora da China.

Vejamos as vantagens e desvantagens desta posição.

Quais são as vantagens do status da China em relação às criptomoedas?

Temos de considerar que a China é um caso único, uma vez que tem quadros regulatórios bastante diferentes dos de outras nações, como os Estados Unidos. Não podemos, portanto, esperar posições semelhantes em todos os países.

Há menos de um mês, argumentamos que a proibição não era tão problemática. A ideia principal era que incentivava a dissolução da Influência gigante da China sobre as criptomoedas.

Nº 1. Promove a descentralização do mercado

Como já abordamos, a proibição das criptomoedas por parte da China causou uma migração maciça de plataformas. Isto causaria problemas de liquidez a curto prazo, mas é uma vantagem definitiva se considerarmos que descentraliza a influência da China.

Nº 2. A proibição das criptomoedas por parte da China abre caminho ao crescimento da indústria

Do mesmo modo, o mercado seria independente do capital e da tecnologia da China. Assim, os países menos desenvolvidos da indústria cripto poderiam tirar partido do afluxo de talentos e do vazio notável deixado pela China.

Nº 3. Cria oportunidades para quadros jurídicos mais liberais

Já citamos este artigo da Euronews, que defende que esta proibição fracassará. E vale a pena fazê-lo novamente, já que aponta o espaço que agora é livre para os países mais inclinados ao mercado livre. Mais uma vez, isto conduz à descentralização.

Nº 4. As leis anti-criptomoedas da China educam sobre o que fazer e o que não fazer

A China está entre os primeiros países a assumir uma posição tão radical e “famosa” contra as criptomoedas. Os próximos meses servirão para medir o sucesso e as falhas deste regulamento, servindo de experiência sobre o que não fazer.

Nº 5. A proibição das criptomoedas por parte da China poderia constituir um alívio para o ambiente

Temos também de considerar o impactos ambiental da exploração de mineração de cripto e da China. Entre o final de 2019 e 2021, a China diminuiu o uso de energia na mineração de Bitcoin. Sendo o principal poluidor ambiental, talvez esta proibição dê um alívio ao meio ambiente.

Nº 6. Ajuda a concentrar-se na tecnologia para além das criptomoedas

O ISS na União Europeia também concentra a sua atenção na blockchain. A proibição da China pode revelar fraquezas na indústria cripto, mas a China continua investindo na blockchain. Isto poderia fazer com que mais países prestassem atenção à promissora tecnologia subjacente às criptomoedas.

Nº 7. O ataque da China às criptomoedas também ocorreu em um momento oportuno

Na verdade, a China causou perdas milionárias com esta medida, mas poderia ser muito pior. A proibição ocorreu num dos anos de crescimento mais rápido do mercado. Por esta razão, o preço do Bitcoin já é superior a US$64.000.

Nº 8. É inevitavelmente necessária alguma regulamentação

A Wired defende que este movimento era inevitável, e pode ter razão. A regulação, mesmo ligeira,é um passo crucial para a popularização das cripto. Qualquer movimento, como o da China, contribui para esta aprendizagem.

Quais são as desvantagens da postura da China em relação às criptomoedas?

No entanto, esta estratégia poderia também causar mais danos do que um bem ao mercado. Dito isto, tem menos a ver com a posição da China e mais com outros estados que a imitam.

Por outro lado, temos de pensar na considerável influência da nação chinesa no mercado internacional. O potencial monopólio financeiro do país poderia ser reforçado por esta medida.

Além disso, a proibição das criptomoedas, ao mesmo tempo que tira partido da sua tecnologia, é suspeita – no mínimo.

Nº 1. Agrava a volatilidade do mercado

Apesar da sua recuperação, O preço do Bitcoin e de outras criptos caiu consideravelmente. Isto só realça o risco financeiro de investimento no mercado cripto, e o caminho que resta para que as criptomoedas se mantenham tão estáveis quanto o dólar.

Nº 2. A posição da China contra as criptomoedas poderia dar-lhe liberdade mais questionável

A China está desenvolvendo a sua moeda digital oficial, e esta é uma das principais motivações para a proibição. No entanto, isto também lhe dá maior liberdade para monitorar e controlar a economia, assim como talvez liberá-la de possíveis sanções internacionais.

Nº 3. Estas proibições estendem-se para além das fronteiras da China

Com os ICOs, sua ilegalidade os deixava em risco, mesmo que estivessem fora do país. A participação dos cidadãos chineses em exchanges poderia torná-los ilegais sem saberem.

Nº 4. A China contra as criptomoedas cria um precedente problemático para os monopólios estatais

A criação de uma moeda digital estatal reforça apenas a autoridade e o poder do Estado sobre os cidadãos. Por si só, já se trata de um problema notável, mas não esqueçamos o exemplo que deixa para outros países.

Nº 5. Outros países poderiam tomar uma posição semelhante contra as criptomoedas

Por exemplo, o Conselho do Atlântico também apresenta relatórios com várias posições semelhantes por parte dos funcionários dos Estados Unidos. Este poderia ser o maior risco: que mais países tomem a mesma posição que a China.

Nº 6. O impactos sugere dependência dos mercados financeiros tradicionais

A NASDAQ também relata que a queda no mercado indica que as criptomoedas ainda dependem de entidades tradicionais. Isto poderia ser um obstáculo prático e filosófico à adoção maciça de criptomoedas.

Nº 7. Potenciais perdas de vários milhões de dólares para investidores ao abrigo da legislação chinesa

A China não só proíbe as transações, como também qualquer serviço financeiro relacionado às criptomoedas. Isto significa que os investidores ao abrigo desta legislação são deixados sem aconselhamento e proteção, para além da ilegalidade das operações.

Nº 8. A forte regulamentação Chinesa das criptomoedas cria um medo contraproducente

Finalmente, temos problemas como o da Binance, que evita submeter-se a qualquer quadro regulatório. O medo das proibições cria um medo natural da regulamentação, que gera resistência contraproducente a qualquer tipo de legislação.

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