Elon Musk pede auditoria em Fort Knox; Bitcoin pode se beneficiar

Discussão sobre reservas de ouro coloca Bitcoin em evidência como alternativa para reserva de valor.

Elon Musk agitou o mercado financeiro ao questionar a necessidade de uma auditoria nas reservas de ouro dos Estados Unidos. Em uma publicação recente no X (antigo Twitter), ele pediu uma auditoria transparente de Fort Knox, a maior reserva de ouro dos EUA, localizada no estado de Kentucky. O debate ganhou força porque a última auditoria oficial aconteceu em 1974 – ou seja, a reserva está sem verificação há 50 anos, o que gera preocupações. O tema ganhou ainda mais destaque por coincidir com discussões sobre o Bitcoin como alternativa ao ouro para reservas de valor.

Senador tem acesso negado a Fort Knox e Elon Musk questiona segurança

Tudo começou quando o senador Mike Lee disse que teve seu acesso negado a Fort Knox. Em resposta, Musk questionou: “Quem garante que o ouro não foi roubado de Fort Knox? Talvez esteja lá, talvez não”. Esta simples mensagem atraiu a atenção de diversos políticos, incluindo o senador Rand Paul.

Elon Musk questiona a falta de transparência sobre as reservas de ouro americanas após senador revelar que teve acesso negado a Fort Knox.

De acordo com a Trading Economics, a reserva deveria conter mais de 8.100 toneladas de ouro. A última auditoria completa ocorreu em 1953, seguida de uma verificação parcial em 1974. O assunto ganhou ainda mais relevância após o governo australiano descobrir ouro falso nas reservas do Banco da Inglaterra. Em reação, a Índia transferiu 102 toneladas de suas reservas de ouro daquele banco.

A sigla D.O.G.E. (Department of Gold Examination), mencionada por Musk, refere-se a uma proposta de criar um departamento específico para examinar as reservas de ouro americanas.

Documento vazado revela suspeitas sobre autenticidade das reservas de ouro mantidas no Banco da Inglaterra. Fonte: MAXPAIN, X

Senadora defende Bitcoin como opção mais transparente que ouro

A senadora Cynthia Lummis foi uma das primeiras a responder ao questionamento de Musk, defendendo o Bitcoin. Segundo ela:

“O Bitcoin resolve esse problema. Uma reserva em Bitcoin poderia ser auditada a qualquer momento, 24 horas por dia, com um computador básico. É hora de modernizar nossas reservas”.

Outros especialistas reforçaram que, enquanto as reservas de ouro exigem verificação física e auditorias externas, o Bitcoin opera em blockchain, permitindo que qualquer pessoa verifique as transações de forma transparente.

Analistas avaliam impacto da auditoria no preço do Bitcoin

O ouro e o Bitcoin costumam ter uma relação inversa – quando um cai, o outro tende a subir. O analista cripto MaxPain avalia que possíveis irregularidades descobertas em uma auditoria poderiam reduzir a confiança no ouro, beneficiando o Bitcoin como ativo alternativo.

No entanto, se a auditoria proposta por Elon Musk revelar problemas com o ouro, todo o mercado financeiro pode entrar em pânico inicialmente. Após esse período de turbulência, a demanda por Bitcoin poderia aumentar significativamente devido à sua escassez, transparência e natureza descentralizada. O Bitcoin já está em um momento crucial, e sua valorização até US$ 100 mil (aproximadamente R$ 500 mil) poderia impulsionar ainda mais o movimento de alta.

Um modelo chamado Bitcoin Spiral Clock prevê que o preço do Bitcoin pode atingir entre US$ 270 mil e US$ 300 mil (aproximadamente R$ 1,35 milhão a R$ 1,5 milhão) até o final de 2025.

Debate sobre transparência das reservas federais continua em aberto

Elon Musk iniciou o debate sobre transparência financeira e a necessidade de auditar as reservas de ouro. O fato de Fort Knox não ser auditado há 50 anos preocupa muitos investidores. A empresa VanEck inclusive declarou que uma reserva em Bitcoin seria fundamental para a supremacia econômica dos EUA.

A grande questão é se essa auditoria vai realmente acontecer e, em caso positivo, qual será seu resultado. Uma descoberta negativa poderia favorecer a valorização do Bitcoin, mas as condições do mercado e o sentimento dos investidores também influenciam esse cenário.

 

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Mikael Araújo: Mikael Araújo é formado em Ciências da Computação pela Universidade Vale do Araújo — UVA. Trabalha com marketing digital há mais de 7 anos, tendo SEO como sua especialidade. Foi mentorado em SEO por Jamie Indigo como parte do programa da FCDC - Freelance Coalition for Developing Countries e também atuou como mentor. Trabalhou como especialista em SEO para empresas como GetNinjas, StarOfService, Alana.ai, O POVO, entre outras. Atua no mercado de criptomoedas desde 2017, trabalhando como consultor de marketing para empresas como ICOBox. io (extinta), PointPay.io, além de exchanges e startups cripto. No BeInCrypto, exerceu a função de estrategista de conteúdo para a localização brasileira da empresa e SEO. Na CoinGape atua como Editor para a localização brasileira do site.
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