Um homem chamado Sérgio, que se identifica como ex-cliente do Grupo Bitcoin Banco (GBB), gravou um vídeo nessa quinta (23) no leito de morte do seu pai, e acusa Cláudio Oliveira, controlado do GBB por não poder dar um enterro digno a seu pai, devido aos valores presos na plataforma que está passando por Recuperação Judicial.
O vídeo tem menos de um minuto de duração e representa um desabafo do ex-cliente direcionado a Cláudio Oliveira. O conteúdo é direcionado diretamente para o controlador do GBB, para o qual o ex-cliente diz que
“quanto tempo se passou, você me enrolando mesmo sabendo da situação do meu pai”
Sérgio deseja enfatizar com isso que esteve pessoalmente no GBB, falou com Cláudio Oliveira, explico que àquela época seu pai estava fazendo um tratamento contra o câncer, motivo pelo qual ele precisava sacar seu dinheiro para seguir com as custas do tratamento médico.
Em tese, portanto, mesmo diante da consciência da emergência médica, Cláudio Oliveira, segundo Sérgio, estaria “tirando um barato” com seu dinheiro enquanto seu pai estava doente. Agora, porém, Sérgio mostra o pai acabado de falecer sobre a maca do hospital, momento em que faz referências ao controlador do GBB.
É isso aqui que você proporcionou
Acariciando o rosto do pai recém falecido, Sérgio diz em tom de lamento e se dirigindo a Oliveira: “é isso aqui que você proporcionou”.
Por que você faz isso?
O vídeo termina com questionamentos e acusações da parte de Sérgio:
Por que você faz isso? Você é uma pessoa do mal. Você não tem coração.
Por fim, Sérgio afirma estar desamparado e não poder proporcionar velório digno a seu pai, segundo, “por culpa” de Cláudio Oliveira.
Recuperação Judicial está paralisada a espera de Perícia
Enquanto isso, a RJ do Grupo Bitcoin Banco segue paralisada a espera de perícia por ordem judicial.
O Grupo Bitcoin Banco enviou nota ao Coingape afirmando que:
Desde o dia 13 de abril se formou um boato sobre a suspensão do Processo Judicial do Grupo Bitcoin Banco (GBB). O ponto de origem desta informação inverídica se deu pelo fato da mudança de direcionamento da justiça para a realização de nova perícia prévia contábil determinada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), para verificar a capacidade de operação do Grupo que, inclusive, sustenta a ferramenta jurídica de Recuperação Judicial.
Segundo o representante jurídico do GBB, “o pedido de realização da nova perícia, que inclusive foi realizada na última quarta-feira (15) pela empresa EXM Partners, nomeada pela juíza para conduzir novamente este procedimento sem geração de ônus no processo”, declara. Neste contexto, o Grupo Bitcoin Banco não entrou com recurso para esta medida por entender como um protocolo sadio para reforçar a transparência da Recuperação Judicial, e que reforça seu posicionamento perante todos os seus stakeholders, com ênfase no poder judiciário, credores e clientes atuais.
O setor jurídico do GBB reforça ainda que, o procedimento é apenas uma tecnicidade legal dentro do protocolo do Processo Judicial e em nada, define sua suspensão provisória, como relatado por notícias falsas veiculadas na internet. “Não podemos permitir que o mercado seja impactado com fake news, que geram percepções erradas para os clientes das plataformas”.