Heloisa Ceni, ex vice-presidente do Grupo Bitcoin Banco (GBB), anunciou nesta sexta feita (17) um novo cargo na área de consultoria em blockchain, numa empresa argentina chamada de CoinFabrik Blockchain Development.
Na descrição do cargo se afirma que a empresa oferece consultoria em blockchain e outras soluções descentralizadas para empresas a nível global. Smart contracts, desenvolvimento de soluções descentralizas, serviços de consultoria e treinamento de serviços relacionados a blockchain seriam suas especialidades, diz a nota.
No LinkedIn se diz que a empresa tem 17 funcionários, Heloisa inclusa e seu fundador e CEO é Sebastian Raul Wein.
A ex vice-presidente do GBB recebeu muitos elogios em função do novo cargo e deu informações adicionais a um dos seus interlocutores dizendo que pessoas identificadas simplesmente como Jaime e Ibraim estariam junto na empreitada, conquanto não constem na lista de funcionários da empresa argentina.
Os nomes são familiares para quem conhece a história do GBB. Talvez se refiram ao ex-diretor comercial do GBB, Jaime Schier; e ao ex-diretor de tecnologia do GBB, Ibraim Mansur Neto. A suspeita faz sentido à luz do comentário do interlocutor, identificado como Carlos F., de que o “time” estaria “reunido novamente”.
Ao que tudo indica, portanto, peças chaves no GBB, empresa reconhecida no mercado brasileiro como palco de uma das maiores fraudes no mercado de criptomoedas do Brasil, que atualmente está em Recuperação Judicial e deixou milhares de pessoas lesadas em todo o país, estão retornando ao mercado a fim de prestar “consultoria” na área de blockchain globalmente.
Resta saber se algum cliente vai confiar no trabalho desenvolvido e desejar consultar como implementar uma “solução de blockchain” à luz do histórico dos consultores, que comandavam uma plataforma supostamente hackeada em uma falha aparentemente básica e ainda não totalmente esclarecida, deixando milhares de pessoas em prejuízo e sem poderem sacar os fundos que lhes pertencem.