Nesta sexta feira (03/01), o Mercado Bitcoin (MB) ironizou no Twitter uma afirmação de um dos colunistas do jornal Estadão, falando sobre o despreparo dos gerentes e agências bancárias para oferecer aos clientes opções de investimento em um cenário de juros baixos, como ocorre atualmente no Brasil.
A coluna originalmente escrita por Celso Ming, diz o seguinte, dentre outras coisas:
“Gerentes e agências bancárias ão preparam clientela para aplicação financeira em cenário de juros baixos”. A exchange de criptomoedas, então, arremata: “
Aqui estamos prontos para oferecer mais retorno de forma simples e segura”, referindo-se à solução desenvolvida pelo Mercado Bitcoin em torno de precatórios tokenizados.
Há cerca de um mês, no final de 2019, o MB anunciou a negociação do que foi chamado de MBPRK, tokens de ativos reais que representam direitos sobre dívidas públicas judiciais, ou seja, precatórios.
Essa solução acaba unindo o mundo cripto com um modelo financeiro bem tradicional. A ideia é que com isso, as pessoas podem ter uma opção de investimento com a segurança e a inovação a tecnologia blockchain, mesmo em um cenário de juros baixos, oferecendo uma solução de aplicação financeira que o próprio sistema financeiro está falhando em ofertar à sua clientela.
O universo de soluções financeiras mesclando o mercado tradicional com o mercado da blockchain e das criptomoedas ainda está engatinhando, mas a solução apontada pelo MB mostra que os dois universos podem ser combinados de forma inteligente, criando novas opções e fronteiras.
A maior ironia nessa situação possivelmente seja que o mercado de criptoativos, que nasceu para ser um sistema financeiro paralelo ao sistema tradicional, agora busca meios de interação do mercado regulado. Seja como for, entusiastas e empresários da blockchain e das criptomoedas em todo o mundo estão apostando nesse tipo de solução e o Brasil mostra que não está parado diante da tendência.