Ouro bate recorde de US$ 3.500 e Bitcoin opera a US$ 109k antes do Fed

Ouro atinge recorde de US$ 3.500 e Bitcoin opera próximo aos US$ 109.800 com expectativas de corte nas taxas do Fed em setembro.
Por Mikael Araújo
02 de setembro de 2025
Imagem 3D com moeda Bitcoin dourada, barras de ouro e gráficos de alta em fundo escuro com marca CoinGape

Destaques

  • Ouro quebra recorde ao cruzar US$ 3.500, marcando alta de 100x desde o fim do sistema Bretton Woods;
  • Bitcoin opera próximo aos US$ 109.800 e prata também atinge máxima histórica;
  • Expectativas de corte da taxa do Fed, tensões geopolíticas e dólar enfraquecido impulsionam rally.

Em uma reviravolta surpreendente, os preços do ouro e Bitcoin seguem em tendência de alta, com o primeiro atingindo um marco histórico. Ambos os ativos estão em alta demanda, mas os fatores macroeconômicos em curso elevaram ainda mais o otimismo dos investidores, alimentando as tendências de alta exponencial. As expectativas de cortes nas taxas de juros americanas e outros fatores desempenharam papel significativo. Vamos analisar.

Preço do ouro cruza marco de US$ 3.500, Bitcoin opera próximo aos US$ 109.800

O maior ativo e metal precioso, o ouro, estabeleceu novo marco histórico, com seu preço à vista subindo acima de US$ 3.500 pela primeira vez na história. Isso aconteceu durante as primeiras horas de negociação desta terça-feira (02/09/2025), onde criou a máxima histórica de US$ 3.508 antes de se estabelecer em torno de US$ 3.495.

Além disso, os futuros de ouro americanos também registraram forte tendência de alta, atingindo US$ 3.560 por onça.

Gráfico de contrato contínuo do ouro exibindo preço de US$ 3.555,70 com forte tendência de alta desde 2020
Ouro atinge US$ 3.555,70 com valorização histórica de 104,89% no período.

Isso representa uma alta de mais de 100 vezes desde 1971, quando Richard Nixon encerrou o sistema Bretton Woods, que mantinha o ouro fixado em US$ 35 por onça.

Outros ativos preciosos, incluindo a prata e até mesmo o Bitcoin, também estão atraindo interesse dos investidores. O preço do Bitcoin está negociando atualmente próximo aos US$ 109.800, buscando estabilidade após período de volatilidade.

O token enfrenta pressões após o crash do mercado cripto de agosto, quando o preço do BTC caiu para a mínima mensal de US$ 108 mil. Apesar disso, as expectativas estão se ajustando antes da reunião do FOMC e outros eventos macroeconômicos.

A prata spot também registrou aumento de preço de 1,6% hoje, subindo para sua máxima histórica desde setembro de 2011. Atualmente negocia a US$ 40,31 e acredita-se que está espelhando o rally do ouro.

Esperanças de cortes do Fed impulsionam rally de preços do ouro, Bitcoin e prata

Com a aproximação da reunião do FOMC, marcada para 16-17 de setembro, investidores estão de olho na decisão potencial do Fed por um corte de 25 pontos-base. Dados da ferramenta CME FedWatch mostram 89,8% de chance do corte de taxa, enquanto Polymarket e outras ferramentas mostram probabilidades de 90% ou mais.

Este otimismo está alimentando o rally do preço do ouro hoje, trazendo junto outros ativos de refúgio como Bitcoin. O discurso de Jerome Powell em Jackson Hole influenciou muito o otimismo dos investidores, pois sinalizou abertura para facilitar as taxas.

Gráfico de barras das probabilidades da reunião do Fed de 17 setembro 2025 mostrando 89,8% para corte de 25bp
CME FedWatch indica 89,8% de chance para corte de 25 pontos base na reunião do Fed.

Como resultado, os traders de varejo estão muito otimistas com as decisões do Fed. Além disso, o ouro já ganhou 30% este ano devido ao aumento da incerteza geopolítica e compras de bancos centrais.

Fatores adicionais como a guerra comercial de Trump, onde o tribunal de apelações americano considerou a maioria das tarifas ilegais, o declínio do suporte do dólar, entre outros, estão empurrando investidores para estes ativos.

Em geral, o rally do preço do ouro para US$ 3.500 e a movimentação do Bitcoin próxima aos US$ 109.800 são impulsionados pelas expectativas dos investidores em relação ao Fed, incertezas políticas, dólar mais fraco e outros fatores macroeconômicos.

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