Preço do Monero (XMR) dispara 50% em meio a transferência suspeita de US$ 330 milhões em Bitcoin

Logo do Monero em vermelho e azul cercado por moedas Bitcoin douradas em um ambiente iluminado por tons vermelhos e amarelos.Logo do Monero em vermelho e azul cercado por moedas Bitcoin douradas em um ambiente iluminado por tons vermelhos e amarelos.

O Monero (XMR), criptomoeda focada em privacidade, ganha destaque após valorização de 50% ligada a suspeitas de lavagem de Bitcoin roubado.

O preço do Monero registrou um impressionante salto de 50% de forma repentina, mas uma fraude está alimentando essa alta. O especialista em segurança de blockchain ZachXBT afirma que um roubo de Bitcoin e múltiplas trocas por XMR para lavar o ativo roubado são responsáveis pelo aumento.

Monero registra valorização de 50% em um dia

Enquanto o restante do mercado de criptomoedas registrou ganhos modestos, o preço do Monero disparou surpreendentemente 50% em 24 horas. Dados do CoinMarketCap confirmaram a alta do XMR, com preços atingindo o máximo diário de US$ 339 durante o último dia.

O volume de negociações do XMR acompanhou a alta no preço do Monero, alcançando impressionantes US$ 254 milhões em 24 horas. O aumento no volume de negociações traduziu-se em um crescimento espantoso de 380%, deixando investidores intrigados com os números.

Vale lembrar que esse tipo de movimentação atípica no mercado de criptomoedas costuma levantar suspeitas. Como se diz no mercado brasileiro, “quando a esmola é demais, o santo desconfia” – e neste caso, a suspeita se confirmou.

Analista de blockchain afirma que roubo de Bitcoin desencadeou a alta

De acordo com o especialista em segurança blockchain ZachXBT, em publicação no X, a alta do preço do Monero não é produto da atividade normal do mercado. ZachXBT afirma que o aumento é resultado de um roubo de Bitcoin e subsequente tentativa de lavar os ativos através da criptomoeda de privacidade.

Segundo ZachXBT, tudo começou com uma transação suspeita de 3.520 BTC, avaliados em US$ 330,7 milhões, de uma possível vítima. Minutos após as transferências suspeitas, ZachXBT observa que criminosos começaram a lavar os BTC em corretoras, trocando-os por Monero para reduzir a rastreabilidade.

“Logo após, os fundos começaram a ser lavados através de mais de 6 corretoras instantâneas e trocados por XMR, causando a disparada de 50% no preço do XMR,” disse ZachXBT.

ZachXBT destacou que o endereço do roubo e outros indicadores on-chain fornecem confirmação adicional de um golpe envolvendo BTC. O especialista em segurança blockchain observa que a vítima é um detentor de BTC de longa data, utilizando Gemini, Coinbase ou River.

Além disso, a transferência dos fundos em pequenos lotes para corretoras instantâneas e a criação de centenas de ordens levanta suspeitas. A movimentação de fundos dessa maneira provocará perdas de sete dígitos, indicando aumento na atividade de golpistas em meio à alta do preço do Monero.

No entanto, ZachXBT esclarece que é improvável que a Coreia do Norte tenha alguma relação com o roubo de 3.520 Bitcoins. Hackers norte-coreanos foram apontados em uma campanha de malware contra desenvolvedores. Ele acrescenta que a vítima é potencialmente um bitcoiner veterano com participações em BTC anteriores a 2015.

Enquanto o preço do Monero disparou após o incidente, o preço do Bitcoin continua a ser negociado lateralmente em US$ 94.000. Um preço do Bitcoin próximo de US$ 100 mil tem alimentado o otimismo para uma alta maior da principal criptomoeda, porém incertezas macroeconômicas permanecem no caminho.

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Mikael Araújo: Sou editor na localização brasileira CoinGape Media desde 2024 e possuo experiência em conteúdo, marketing e SEO para a indústria de criptomoedas e Web3 desde 2017. Como editor, sou responsável pela curadoria dos conteúdos publicados, sua revisão e verificação. Anteriormente, contribuí como PR Associate para a extinta ICOBox, colaborando na elaboração de press releases de diversos projetos de criptomoedas para o público brasileiro e internacional. Lá, dezenas análises sobre o mercado cripto foram publicadas para fomentar conhecimento ao público brasileiro. Em seguida, atuei como Marketing Strategy Advisor para a PointPay nos estágios iniciais da exchange, com foco em sua expansão internacional. Depois, colaborei com a localização brasileira do BeInCrypto como estrategista de conteúdo. Lá, também ofereci suporte ao time editorial local e internacional, incluindo a elaboração de artigos sobre criptoativos, análises de tokens, entre outros formatos de conteúdo. Para além do mercado de criptoativos, colaborei com publicações em outros portais de mídia, como: Empreendedor.com, Hostgator, Vitamina Publicitária e Profissas. Ainda atuei como parte do time de audiência do Jornal O Povo. Em 2024, participei como coautor do capítulo de SEO do Web Almanac e fui eleito como um dos 40 profissionais de SEO para se seguir pela Niara. Em nossa cobertura, priorizamos a análise de criptomoedas, principalmente Bitcoin, altcoins e memecoins. Além disso, cobrimos o noticiário diário sobre criptoativos.
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