A queda da FTX foi uma das experiências mais traumáticas para investidores de criptomoedas, quando presenciaram o colapso de uma das maiores corretoras de criptoativos, fundada por Sam Bankman-Fried. Com acusações graves e um veredicto de culpado, SBF cumpre atualmente uma pena de 25 anos por fraude e está preso há dois anos. No entanto, em entrevista recente, ele sugeriu que a falência poderia ter sido desnecessária e que a empresa teria condições de reembolsar os clientes se ele não tivesse assinado os documentos de falência.
Sam Bankman-Fried alega: a FTX tinha dinheiro para sobreviver
Em entrevista recente com Tucker Carlson no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, afirmou que a corretora não estava insolvente quando entrou em colapso. Ele argumenta que poderiam ter US$ 93 bilhões em ativos contra US$ 15 bilhões em passivos hoje se nada tivesse interferido.
Mais importante, ele alegou que a falência da FTX foi uma medida forçada, pois as pessoas que assumiram o controle dissiparam rapidamente os ativos da empresa.
Durante a entrevista, Carlson perguntou se ele tinha algum dinheiro. Bankman respondeu:
“Basicamente, não. A empresa que eu costumava ser dono, talvez ainda seja, não sei, está em falência, e se nada tivesse interferido, hoje teria cerca de US$ 15 bilhões em passivos e aproximadamente US$ 93 bilhões em ativos. Então, a resposta deveria ser, em teoria, que havia dinheiro suficiente para pagar a todos na época, ou hoje, com bastante juros sobrando e dezenas de bilhões restantes para os investidores. Mas não foi assim que as coisas aconteceram. Em vez disso, tudo foi envolvido em um processo de falência, onde aqueles que a controlavam dissiparam os ativos incrivelmente rápido. Dezenas de bilhões de dólares foram desviados. Foi um desastre colossal. E não resolver esse problema é, de longe, o maior arrependimento da minha vida.”
Tucker Carlson entrevista Sam Bankman-Fried diretamente da prisão onde o ex-CEO da FTX cumpre pena de 25 anos.
Curiosamente, em uma entrevista anterior ao New York Sun, ele culpou o escritório de advocacia Sullivan & Cromwell pelo gerenciamento inadequado da falência da FTX. Sam Bankman-Fried alega que eles declararam que a corretora tinha apenas US$ 1 bilhão, mas havia muito mais.
Contraponto dos analistas: o colapso da FTX era inevitável
As alegações de Bankman na entrevista parecem verdadeiras para muitos, mas nem todos acreditam em suas declarações. O analista Tim Carden argumentou que os números não batem. Ele destaca que a FTX tinha US$ 15 bilhões em passivos antes da intervenção, mas apenas US$ 3 bilhões em ativos, representando um déficit grave de US$ 12 bilhões.
Tim Carden destaca o déficit de US$ 12 bilhões da FTX antes da intervenção, contradizendo as alegações de Sam Bankman-Fried.
Tim Carden sugere que Bankman-Fried está envolvido em um esquema do tipo Ponzi. Esta conclusão surge devido à apropriação indevida de fundos de clientes e por ter enganado investidores. Os promotores comprovaram que SBF cometeu fraudes, incluindo desvio de recursos, mentiras sobre a saúde financeira da FTX e operação de uma rede complexa de enganos para manter a empresa funcionando.
Os advogados de falência da FTX pioraram a situação?
Com Sam Bankman-Fried culpando os administradores (advogados) da falência da FTX, uma nova perspectiva ganhou atenção. Analistas como Karbon acreditam que a fraude foi o maior erro de Sam Bankman-Fried, mas assinar o documento de falência foi outro.
Em uma publicação no X, Krabon argumenta que se SBF tivesse recusado e a empresa mantivesse seu portfólio em vez de vendê-lo, a FTX poderia ter sobrevivido ao colapso.
“Como ele disse nesta entrevista, a FTX/Alameda teria cerca de US$ 93 bilhões em ativos se tivessem mantido seu portfólio. Os advogados de falência venderam no fundo do mercado não apenas criptomoedas, eles destruíram sua posição na Anthropic.”
Usuário Karbon sugere que, se Sam Bankman-Fried tivesse resistido à falência e mantido os ativos, os investidores poderiam ter sido reembolsados.
Ele calculou que a manutenção contínua dos ativos (incluindo sua participação na empresa de IA Anthropic) poderia ter se transformado em US$ 4,8 bilhões hoje, em vez dos US$ 380 milhões (valor na época da venda).
Considerando este cenário, ele afirmou que a FTX poderia ter se recuperado e pago os clientes sem a falência.
E se Sam Bankman-Fried tivesse “fingido até conseguir”?
Como Karbon mencionou, eles poderiam ter conseguido se Sam Bankman-Fried tivesse fingido e continuado mantendo os ativos. No entanto, a análise de Carden revela que, mesmo sem o pedido de falência, o colapso da FTX era inevitável devido ao peso da má gestão financeira.
Mais importante, isso seria eticamente errado, pois os especialistas acreditam que SBF teria mergulhado ainda mais fundo na fraude do que na gestão, tornando a situação ainda mais grave.
No final, se a FTX poderia ter evitado o colapso é uma questão divisiva. Alguns acreditam que uma abordagem diferente poderia ter salvado a empresa, enquanto outros afirmam que a empresa estava condenada de qualquer forma.
Mikael Araújo é formado em Ciências da Computação pela Universidade Vale do Araújo — UVA. Trabalha com marketing digital há mais de 7 anos, tendo SEO como sua especialidade.
Foi mentorado em SEO por Jamie Indigo como parte do programa da FCDC - Freelance Coalition for Developing Countries e também atuou como mentor.
Trabalhou como especialista em SEO para empresas como GetNinjas, StarOfService, Alana.ai, O POVO, entre outras. Atua no mercado de criptomoedas desde 2017, trabalhando como consultor de marketing para empresas como ICOBox. io (extinta), PointPay.io, além de exchanges e startups cripto. No BeInCrypto, exerceu a função de estrategista de conteúdo para a localização brasileira da empresa e SEO.
Na CoinGape atua como Editor para a localização brasileira do site.
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