Uber ‘estuda’ uso de stablecoins para redução de custos com transferências

A Uber estuda uso de stablecoins para acelerar transferências globais e reduzir custos. CEO prefere tokens estáveis ao BTC para transações internacionais.
Por Mikael Araújo
06 de junho de 2025 Atualizado: 06 de junho de 2025
Carro da Uber em ambiente digital futurista com símbolos de criptomoedas e stablecoins.

Destaques

  • Uber explora o potencial das stablecoins para transferências globais mais rápidas;
  • CEO prefere stablecoins ao Bitcoin para operações financeiras;
  • Empresa ainda está em fase de estudos sobre implementação.

O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou em 5 de junho durante o Bloomberg Tech Summit em São Francisco que a empresa está estudando o uso de stablecoins para acelerar transferências monetárias globais e reduzir custos operacionais. A decisão visa aproveitar a estabilidade desses ativos digitais em comparação com criptomoedas mais voláteis como o Bitcoin.

CEO da Uber destaca benefícios práticos das stablecoins para operações globais

Khosrowshahi explicou que a Uber ainda está na “fase de estudo” sobre a adoção de stablecoins. Segundo o executivo,

“stablecoins são uma das manifestações mais interessantes de cripto para mim, que tem um benefício prático além do cripto como reserva de valor. Isso é super interessante para nós, e definitivamente vamos dar uma olhada.”

O CEO destacou que as stablecoins são “bastante promissoras, especialmente para empresas globais que movimentam dinheiro globalmente, para criar um mecanismo que nos permita reduzir custos em termos de movimentação internacional de dinheiro.”

Executivo prefere tokens estáveis por menor volatilidade que Bitcoin

Khosrowshahi demonstrou preferência pelos tokens estáveis em relação ao Bitcoin. As stablecoins são ativos cripto projetados para manter valor estável, sendo lastreadas por ativos como moedas fiduciárias ou ouro, diferentemente de criptomoedas voláteis.

“Obviamente, você pode ter suas opiniões sobre Bitcoin, mas é uma commodity comprovada, e as pessoas têm opiniões diferentes sobre para onde está indo”, comentou o executivo.

Uber já havia demonstrado interesse em criptomoedas desde 2021

A empresa já havia demonstrado interesse em ativos digitais anteriormente. Em 2021, Khosrowshahi expressou abertura para aceitar Bitcoin e outras criptomoedas, mas descartou investimentos em Bitcoin para o tesouro corporativo.

No ano seguinte, o CEO confirmou que a plataforma aceitaria criptomoedas no futuro, porém apontou preocupações com altos custos de transação e impacto ambiental. Agora, a empresa direciona atenção para stablecoins como alternativa mais viável.

Empresas globais exploram stablecoins apesar de incerteza regulatória

Outras empresas globais também exploram oportunidades com tokens estáveis. A Stripe, por exemplo, introduziu produtos que combinam inteligência artificial e stablecoins para impulsionar crescimento empresarial.

Nos Estados Unidos, a adoção cresce mesmo sem estrutura regulatória definida. O presidente Donald Trump iniciou esforços para estabelecer diretrizes abrangentes, enquanto a Câmara e o Senado apresentaram o STABLE Act e o GENIUS Act, cujo futuro permanece incerto.

A crescente demanda por stablecoins coincide com incertezas regulatórias. O defensor do Bitcoin Peter Schiff criticou o uso crescente desses ativos, citando preocupações sobre o futuro indefinido da legislação.

A decisão da Uber de estudar stablecoins reflete uma tendência crescente no setor corporativo de buscar soluções financeiras mais eficientes para operações globais. Embora ainda em fase inicial, a iniciativa pode influenciar outras empresas a considerar tokens estáveis como alternativa para transferências internacionais, especialmente em um cenário de custos elevados dos métodos tradicionais.

Mikael Araújo é editor de SEO e conteúdo na Coingape. Anteriormente, trabalhou em portais de notícias como BeInCrypto Brasil como estrategista de conteúdSaiba mais…o e Jornal O Povo (SEO e estratégia de conteúdo). Possui formação em Ciências da Computação pela Universidade Vale do Acaraú - UVA. Trabalha com marketing digital e SEO há 10 anos e contribui com publicações sobre criptomoedas há 7 anos.
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