Destaques
- Sam Bankman-Fried recorre de condenação por fraude, alegando preconceito judicial durante julgamento;
- Defesa afirma que FTX possuía US$ 136 bilhões em ativos e 98% dos credores receberam 120% de reembolso;
- Recurso destaca pressão sobre jurados e bloqueio de evidências cruciais da defesa pelo juiz Kaplan.
Sam Bankman-Fried levou seu caso ao Tribunal de Apelações. O fundador da exchange FTX alega não ter recebido julgamento justo. Assim, busca reverter sua condenação em Nova York. Segundo a Bloomberg, sua equipe jurídica apresentou argumentos considerados contundentes. A defesa alega que o ex-bilionário das criptomoedas foi “presumido culpado”. Além disso, afirma que enfrentou preconceito desde o início do processo.
Os promotores, a mídia e o juiz Lewis Kaplan teriam sido tendenciosos. Por isso, a defesa pede um novo julgamento, mas com um juiz diferente. Esse é um dos pontos centrais do recurso apresentado.
Em 2023, Bankman-Fried foi condenado por sete acusações criminais. Entre elas estavam fraude e conspiração contra investidores. Consequentemente, recebeu sentença de 25 anos de prisão pelo colapso da FTX.
Os promotores descreveram o caso como uma das maiores fraudes financeiras da história. Atualmente, o réu de 33 anos cumpre pena na Califórnia. Porém, busca reverter a condenação e a ordem de restituição de US$ 11 bilhões.
Para isso, conta com Alexandra Shapiro, advogada experiente em recursos (a mesma advogada que representou Sean “Diddy” Combs). Ela lidera a estratégia legal para anular o veredito anterior. A equipe trabalha em múltiplas frentes de contestação judicial.
Defesa acusa juiz Kaplan de má conduta durante julgamento
A equipe de Bankman-Fried concentrou suas críticas no juiz Lewis Kaplan. Segundo o recurso, ele “colocou o dedo na balança”. Dessa maneira, teria favorecido a acusação e prejudicado a defesa.
Os advogados apresentam exemplos concretos dessa suposta parcialidade. Entre eles, alegam que Kaplan pressionou os jurados a decidir rapidamente. Para isso, ofereceu jantar gratuito e transporte para casa. Essas ações, argumentam, comprometeram as deliberações do júri.
Além disso, a defesa aponta que o juiz ridicularizou o réu. Segundo o recurso, Kaplan criticou o comportamento de Bankman-Fried publicamente. Igualmente, teria demonstrado descrença durante seu depoimento no tribunal.
Um episódio específico ilustra essa suposta parcialidade judicial. Quando Bankman-Fried negou administrar a Alameda Research após deixar o cargo de CEO, o juiz teria reagido de forma inadequada. Conforme relatado, Kaplan chamou o depoimento de “uma piada”.
Portanto, a equipe jurídica solicita um novo julgamento completo. Ademais, pede que seja designado um juiz diferente para o caso. Essa mudança seria essencial para garantir um processo justo.
FTX possuía US$ 136 bilhões em ativos, alega defesa
Em outubro, a defesa divulgou documentos controversos sobre a FTX. Segundo esses registros, a exchange detinha US$ 136 bilhões em ativos. Por isso, argumentam que nunca houve insolvência real da plataforma.
Os documentos revelam participações financeiras expressivas em diversas empresas. Entre elas, US$ 14,3 bilhões em ações da Anthropic. Ademais, US$ 7,6 bilhões em ações da Robinhood. Esses valores representam investimentos substanciais da FTX.
As posições em criptomoedas também eram significativas. A exchange mantinha 58 milhões de SOL, avaliados em US$ 12,4 bilhões. Igualmente, possuía 205 mil BTC, no valor de US$ 2,3 bilhões. Além disso, detinha 112.600 ETH, equivalentes a US$ 500 milhões.
Conforme os advogados, 98% dos credores foram reembolsados. Mais importante, receberam 120% de suas reivindicações originais. As projeções indicam que todos os clientes receberão entre 119% e 143%.
Dessa forma, alegam que houve apenas uma crise de liquidez temporária. Segundo a defesa, não se tratava de insolvência permanente. A situação estaria sendo resolvida antes da intervenção externa.
Entretanto, a comunidade cripto rejeita firmemente essas alegações. Muitos investidores contestam a narrativa apresentada pela defesa. Consequentemente, mantêm a posição de que houve fraude deliberada.
Testemunhas-chave depuseram contra Bankman-Fried no julgamento
Três ex-executivos da FTX testemunharam contra o fundador. Todos haviam se declarado culpados de acusações criminais anteriormente. Entre eles estava Gary Wang, cofundador da plataforma.
Nishad Singh, chefe de engenharia, também colaborou com a acusação. Da mesma forma, Caroline Ellison prestou depoimento crucial contra Bankman-Fried. Vale destacar que Ellison era ex-namorada do réu e CEO da Alameda.
O testemunho de Ellison foi particularmente prejudicial à defesa. Ela descreveu como preparou sete “balanços alternativos” sob ordens diretas. O objetivo era ocultar que US$ 10 bilhões foram emprestados de clientes.
O recurso também contesta decisões específicas do juiz Kaplan. Segundo a defesa, ele bloqueou depoimentos sobre ativos suficientes da FTX. Ao mesmo tempo, permitiu que promotores alegassem roubo de bilhões.
Além disso, Shapiro argumenta que houve cerceamento de defesa inadequado. O juiz impediu que Bankman-Fried testemunhasse sobre seguir conselhos jurídicos. Essa ação teria prejudicado sua estratégia defensiva no tribunal.
Relatórios sugerem que a família explora possibilidade de perdão presidencial. Os pais de Bankman-Fried teriam buscado clemência junto a Donald Trump. Entretanto, a comunidade cripto se opõe fortemente a qualquer perdão.
Após Trump perdoar o fundador da Binance, Changpeng Zhao (CZ), a especulação aumentou. Contudo, há pedidos generalizados para manter o fundador da FTX preso. A comunidade considera seu caso mais grave que o de CZ.
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