Além de dar vida ao bitcoin, a tecnologia blockchain pode ser usada para criar um sistema descentralizado de dados sobre os alunos da rede pública de ensino do Brasil.
Chamado “Jornada Escolar”, o Governo Federal utilizou a tecnologia blockchain para criar um aplicativo com informações escolares. Além de um boletim com notas e frequência do aluno, o dispositivo armazenará documentos digitais, como documentos de identificação e histórico escolar.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), uma primeira versão do aplicativo será apresentada aos alunos e pais ainda no primeiro semestre de 2022. Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (USFC).
O aplicativo estará disponível para sistemas Android e iOS, e permitirá até que documentos sejam assinados digitalmente pelo próprio sistema, criando um ambiente virtual de comunicação entre a escola e os responsáveis pelo estudante.
“O Projeto ‘Jornada do Estudante’, que tem por objetivo contribuir diretamente no estabelecimento de uma visão integrada da trajetória dos alunos do país com a disponibilização de um aplicativo mobile gratuito, multiplataforma (Android/IOS), contendo os dados pessoais do estudante, institucionais, cursos e disciplinas, além dos documentos digitais, como o histórico escolar digital ou diploma digital, além de permitir o compartilhamento dos documentos assinados eletronicamente. A Jornada do Estudante faz parte do escopo da Rede Aprender, que tem como proposta implementar a plataforma de interoperabilidade da educação brasileira.”
Inicialmente, o aplicativo estará disponível apenas para estudantes de instituições de ensino credenciadas no programa através do MEC. Segundo o comunicado, foram contempladas escolas que fazem parte do ensino básico no Mato Grosso do Sul e no Paraná.
Além do ensino regular, o aplicativo do Governo Federal que usa blockchain para criar uma boletim estudantil virtual também será testado em universidades federais do Brasil.
“O MEC tem viabilizado parcerias com algumas instituições de ensino brasileiras. Para o ensino básico, foi celebrado Acordo de Cooperação Técnica com as Secretarias de Estado do Mato Grosso do Sul e do Paraná; e para as instituições de ensino superior, foram celebradas parcerias com as universidades UTFPR e UFMS.”
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