Assim como praticamente todo o mercado de criptoativos, o preço do Bitcoin (BTC) sofreu um grande impacto desde que a China anunciou medidas restritivas em relação à atividade de mineração da criptomoeda.
Porém, de acordo com o especialista Alexandre Vasarhelyi, CFA da BLP Asset, a restrição contínua imposta recentemente pela China em relação ao Bitcoin pode ser benéfica para a criptomoeda no mercado.
Ou seja, para o CFA da BLP Asset, a China não pode “conviver com uma moeda 100% conversível”. Embora o país tenha afetado o Bitcoin atualmente, em longo prazo isso deverá ser diferente, pontua Alexandre Vasarhelyi.
Criptomoeda sairá fortalecida
Além das restrições em relação à atividade de mineração de criptomoedas, a China decidiu criar novas medidas restritivas, mas dessa vez atingem os negócios que operam mesas de OTCs envolvendo o Bitcoin.
Segundo uma publicação de Alexandre Vasarhelyi no LinkedIn, a China anunciou o desligamento de OTCs de criptomoedas com sistemas de pagamentos que operam naquele país. Com a restrição, a negociação de criptomoedas através de investidores institucionais pode ser afetada.
“A China continua o seu ataque ao Bitcoin, agora desligando os OTCs de seu sistema de pagamento.”
Embora a medida restritiva da China tende a afetar a negociação de criptomoedas, em longo prazo essas medidas podem ser benéficas para o Bitcoin, que é considerado “uma moeda 100% conversível”.
Portanto, para o CFA da BLP Asset, o controle exercido pela China não pode ser considerado favorável ao Bitcoin, por mais que o país concentre atualmente grande parte da atividade de mineração da criptomoeda.
“Nós da BLP Crypto achamos que isso é ruim no curto prazo mas bom no longo pois a China tem uma conta de capital fechada então seria impossível conviver com uma moeda 100% conversível como o Bitcoin.”
China ataca Bitcoin
Desde o final de maio de 2021 a China publica restrições em relação ao Bitcoin e a atividade de mineração de criptomoedas no país, o que provocou um grande impacto no mercado em curto prazo.
Atualmente na China está concentrado o maior número de mineradores de Bitcoin que existem, e que respondem por até quase 80% de toda a atividade envolvendo a criptomoeda.
No entanto, com as restrições impostas pelo país, alguns mineradores de Bitcoin decidiram abandonar a China, e essa atitude pode beneficiar a criptomoeda, de acordo com a Exame.