CVM: Criptomoedas Lideram Fraudes no Brasil e 91% das Vítimas são Homens

  • CVM publica pesquisa sobre fraudes financeiras no Brasil
  • Criptomoeda é o produto mais utilizado em golpe com investimentos
  • 91% das vítimas são do gênero masculino
  • De acordo com uma recente pesquisa sobre o mercado financeiro, cerca de nove a cada dez vítimas de fraudes no Brasil são do gênero masculino. Além disso, de acordo com o estudo do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) da CVM, as criptomoedas lideram entre os produtos de investimentos mais utilizados em golpes.

    No total, a pesquisa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que 91% das vítimas de golpes financeiros são homens. Sendo que as criptomoedas representam 43,3% de todas as denúncias sobre fraudes.

    A pesquisa traz ainda dados sobre como os golpes financeiros são difundidos no país. Assim como as criptomoedas, o WhatsApp lidera o estudo como o meio de maior propagação de golpes de investimentos no Brasil.

    Fraude com criptomoedas

    Segundo a pesquisa da CECOP, as criptomoedas representam quase metade de todos os golpes financeiros que acontecem no Brasil. Além de criptomoedas como o Bitcoin, a pesquisa mostra que existem outros mercados e produtos financeiros que lideram entre as tentativas de golpe com investimentos.

    Assim, enquanto as criptomoedas representam mais de 43% das fraudes financeiras no país, o mercado Forex, por exemplo, é o segundo da lista com quase 30% das denúncias.

    Logo em seguida, o estudo mostra que as opções binárias também representam uma grande parte das fraudes denunciadas, e representam 16,9% do total de golpes envolvendo investimentos no Brasil.

    Por fim, as ações do mercado da Bolsa de Valores correspondem a 15,2% dos produtos usados em fraudes financeiras, conforme aponta o estudo da CVM.

    “A pesquisa ouviu 1.002 pessoas. Dessas, 178 afirmaram ser vítimas de fraudes financeiras, ou, após marcarem não ter certeza, indicaram em outras respostas terem caído em golpes.”

    Golpes são divulgados pelo WhatsApp

    A maioria dos golpes envolvendo investimentos acontecem através da troca de mensagens pelo aplicativo WhatsApp. No total, 27,5% das vítimas apontaram que caíram em algum tipo de golpe divulgado pelo aplicativo.

    Além do WhatsApp, o famoso ‘boca a boca’ também é uma forma de propagar fraudes financeiras no país. Nesse caso, 19,7% das vítimas disseram que conheceram a fraude através de contato pessoal.

    Enquanto isso, e-mails e ligações telefônicas também são apontados como uma forma de propagação de golpes financeiros. Nesse caso, o envio de mensagens eletrônicas e chamadas pelo celular correspondem a 12,4% das denúncias, respectivamente.

    “O meio de divulgação para fraude mais citado foi o aplicativo Whatsapp (27,5%), seguido pela divulgação boca-a-boca pessoalmente (19,7%). Além disso, e-mail e ligação telefônica são usados pelos golpistas (12,4% cada).”

    Homens com pós-graduação

    Além de apresentar dados sobre os produtos e os meios mais utilizados na divulgação de golpes financeiros, a pesquisa da CVM aponta que a maioria das vítimas são do gênero masculino.

    Outro dado do estudo revela que as vítimas possuem formação acadêmica, onde 38% deles declararam que são pós-graduados, e ganham até aproximadamente R$ 5 mil.

    “Entre os entrevistados, o público que cai em golpes financeiros é composto, em geral, por homens (91%), com idade entre 30 e 39 anos (36,5%) com renda familiar mensal entre 2 e 5 salários-mínimos (23%) e com pós-graduação (38%).”

    Por outro lado, a perda de dinheiro em golpes no mercado financeiro mostra que a maioria das vítimas perdeu algo entre R$ 10 mil a R$ 50 mil, investindo em negócios fraudulentos.

    “Os valores perdidos foram diversos, havendo respostas de até R$100 e acima de R$100.000. Entretanto, em geral as vítimas investiram entre R$10.000,01 e R$50.000,00 (22,5%) e entre R$1.000.01 e R$5.000,01 (21,3%).”

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Paulo José: Jornalista apaixonado pelo universo das criptomoedas e seu enorme impacto na sociedade. Ele conheceu o Bitcoin em 2013 sem saber que a criptomoeda tomaria conta de sua vida anos depois. Ele trabalhou em outros portais de notícias sobre criptomoedas e atualmente é um dos contribuidores do CoinGape.
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