- Rei do Bitcoin continuará preso em Curitiba – PR
- Esposa de Cláudio Oliveira foi liberada pela Justiça
- Testemunha aponta que empresário era “Estelionatário 2.0”
De acordo com a Justiça, o empresário Cláudio Oliveira, também conhecido como “Rei do Bitcoin”, continuará preso de forma preventiva. Enquanto isso, outros suspeitos foram liberados, logo após a prisão de cinco pessoas durante a Operação Daemon, deflagrada recentemente pela Polícia Federal do Paraná.
Acusado de movimentar um negócio de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas através do Grupo Bitcoin Banco (GBB), o empresário ‘Rei do Bitcoin’ foi detido pelas autoridades em Curitiba – PR, conforme relatou o Coingape.
Além de Cláudio Oliveira, a esposa Lucinara Oliveira foi presa durante a operação, que tinha cinco mandados de prisão temporária expedidos em nome de pessoas ligadas ao GBB.
Um dos detidos pela Polícia Federal afirmou que Cláudio Oliveira pode ser considerado um “estelionatário 2.0”. Ao explicar o esquema do ‘Rei do Bitcoin’, o depoente disse que não desconfiava do negócio com criptomoedas, segundo entrevista do G1.
Polícia libera esposa de Cláudio Oliveira
No total, três pessoas foram liberadas após a prisão temporária acontecer durante a Operação Daemon, que foi deflagrada nesta última segunda-feira (9). Além do empresário conhecido como ‘Rei do Bitcoin’, as autoridades prenderam pessoas ligadas ao negócio com criptomoedas.
Segundo a operação policial, cinco pessoas foram detidas durante as buscas em endereços de suspeitos ligados ao Grupo Bitcoin Banco. Dentre elas está a esposa de Cláudio Oliveira.
Durante a investigação, Lucinara Oliveira afirmou que não é mais esposa de Cláudio Oliveira, embora os dois ainda estejam casados juridicamente. Com a soltura dela, a prisão temporária durante a Operação Daemon foi revogada.
Estelionatário 2.0
Além da esposa de Cláudio Oliveira, a Polícia Federal do Paraná prendeu outras pessoas que poderiam ter ligações com o negócio do Grupo Bitcoin Banco, como Rodrigo Martinelli Laport.
Assim como Heloísa Ceni, Laport foi liberado pelas autoridades depois que prestou depoimento recentemente. Segundo ele, o “Rei do Bitcoin” operava como um “estelionatário 2.0”.
Ou seja, Laport afirma em depoimento que no início não reconheceu as ilicitudes do negócio com criptomoedas, pois Cláudio Oliveira mantinha bens em seu nome, diferentemente de outras pessoas que cometem crimes financeiros.
“Qual o sinal que você vê que é um estelionato? Quando acontece realmente, o cara some, não tem nada no nome dele. Você vai ver, o cara não tem conta, apartamento, carro, não tem nada.
E no caso dele tinha casa, um monte de coisa na declaração, os carros. Então, eu achei teoricamente que o cara era a evolução do estelionatário, o estelionatário 2.0, que ele deixa umas migalhas para disfarçar de um bolo maior que está com ele.”
Entenda o caso do Rei do Bitcoin
No início da semana a Polícia Federal deflagrou a Operação Daemon, que buscava investigar o Grupo Bitcoin Banco, que movimentou R$ 1,5 bilhão em criptomoedas em um conglomerado de exchanges no Brasil.
Porém, desde maio de 2019 os milhares de clientes do GBB ficaram sem acesso às criptomoedas que estavam armazenadas em exchanges que faziam parte do grupo, como a NegocieCoins e a FlowBTC, por exemplo.
Na ocasião, o grupo declarou que enfrentou um ataque hacker, impossibilitando a devolução do saldo em Bitcoin para os clientes. Desde então, os usuários do GBB aguardavam um processo de recuperação judicial que poderia resultar na recuperação das criptomoedas.
Porém, com a prisão do empresário, o GBB teve a falência declarada pela Justiça. Com essa decisão, um levantamento patrimonial será realizado em busca de ressarcir os clientes do Grupo Bitcoin Banco.
Ao contrário de Heloísa Ceni e Rodrigo Martinelli Laport, Cláudio Oliveira continuará detido, já que o pedido dele foi de prisão preventiva. De acordo com a investigação, outra suspeita deve continuar presa, logo após uma solicitação da Justiça sobre a prorrogação do pedido de prisão temporária.
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