Juros americanos seguem inalterados após reunião do FOMC em maio

Powell e o FOMC mantêm taxas de juros estáveis pela terceira vez consecutiva, ignorando apelos de Trump para reduções diante da inflação.
Por Mikael Araújo
07 de maio de 2025
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, em frente a um fundo amarelo com as letras "FOMC" em destaque.

Destaques

  • O banco central americano optou por não cortar as taxas pela terceira vez consecutiva;
  • A autoridade monetária mantém sua posição apesar da pressão do presidente Donald Trump para que Powell reduza as taxas;
  • O mercado de criptomoedas está em foco após este acontecimento.

O Federal Reserve dos Estados Unidos manteve as taxas de juros de referência entre 4,25% e 4,5% após a reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) de dois dias, realizada entre 6 e 7 de maio. Essa decisão ocorre mesmo diante dos apelos do presidente americano Donald Trump para que o presidente do FED, Jerome Powell, reduza as taxas, argumentando que a inflação já está controlada.

Reunião do FOMC: banco central americano mantém taxas inalteradas

Em um comunicado à imprensa, o FED anunciou que decidiu manter a meta para a taxa de fundos federais entre 4,25% e 4,5%, o que está alinhado com as expectativas do mercado. Será que os investidores já antecipavam esse movimento? Tudo indica que sim, pois os operadores apostavam que Jerome Powell e o comitê manteriam as taxas estáveis nesta reunião de maio do FOMC.

Esta marca a terceira reunião consecutiva em que o FED decidiu manter as taxas estáveis, após as reuniões de política monetária de janeiro e março. Como quem segura as rédeas de um cavalo impetuoso, o banco central americano busca controlar a economia sem freá-la completamente. Antes disso, a autoridade monetária havia cortado as taxas consecutivamente em setembro, novembro e dezembro de 2024.

Jerome Powell e o FOMC permanecem firmes sobre não cortar as taxas, apesar de vários apelos de Donald Trump. O presidente americano tem afirmado que não há inflação, razão pela qual ele acredita que este é o momento perfeito para reduzir as taxas.

No entanto, o FED argumenta que a inflação permanece “um pouco elevada” e que a incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou ainda mais, provavelmente devido às tarifas de Trump, sobre as quais Powell havia alertado anteriormente. O banco central americano também observou que os riscos de maior desemprego e inflação aumentaram.

Aqui no Brasil, essa decisão pode impactar diretamente o fluxo de capitais estrangeiros, já que a manutenção de taxas elevadas nos EUA tende a atrair investimentos para o mercado americano, pressionando nossa moeda. É como se o dinheiro fosse água, que naturalmente corre para onde há menos resistência e maior retorno.

Mikael Araújo é editor de SEO e conteúdo na Coingape. Anteriormente, trabalhou em portais de notícias como BeInCrypto Brasil como estrategista de conteúdSaiba mais…o e Jornal O Povo (SEO e estratégia de conteúdo). Possui formação em Ciências da Computação pela Universidade Vale do Acaraú - UVA. Trabalha com marketing digital e SEO há 10 anos e contribui com publicações sobre criptomoedas há 7 anos.
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