- Operação Exchange bloqueou R$ 172 milhões de investigados
- Polícia Civil cumpriu mandados de busca em São Paulo – SP e Diadema
- 17 exchanges e dois empresários são investigados
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo – SP, 17 empresas do mercado de criptomoedas e dois empresários estão sendo investigados através da Operação Exchange, deflagrada nesta última quinta-feira (22).
No total, cerca de R$ 172 milhões foram bloqueados preventivamente pela Justiça em contas bancárias ligadas aos investigados pela operação policial, que visa combater a lavagem de dinheiro e a corrupção no mercado de Bitcoin.
Segundo a investigação sobre o caso, as exchanges eram usadas por suspeitos para a lavagem de dinheiro. Além disso, laranjas podem ter utilizado criptomoedas para ocultar bens e valores em operações no mercado.
Operação Exchange
Deflagrada recentemente em São Paulo, a Operação Exchange é voltada para a atuação de algumas empresas no mercado de criptomoedas que estão sendo investigadas por envolvimento com crimes de corrupção no Brasil.
Além do bloqueio de R$ 172 milhões em dinheiro, a operação policial cumpriu seis mandados de busca na capital paulistana e no interior do estado, em Diadema. No entanto, não foi informado sobre a apreensão de criptomoedas.
Organizada pela ‘ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Administração, Combate à Corrupção e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direito e Valores, a operação visava desarticular um esquema que supostamente usava exchanges para a lavagem de dinheiro.
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Conforme diz a Polícia Civil em um boletim divulgado sobre o caso, as criptomoedas permitiam aos investigados um acesso ao sistema bancário para a lavagem de dinheiro, que era usado através de exchanges.
“Investigações preliminares apontaram que empresas transacionaram vultuosas quantias entre si e, em seguida, destinaram os valores para corretoras, responsáveis pela aquisição de ativos digitais para, posteriormente, entregar aos seus clientes o código de validação da criptomoeda (hash), que pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo sem possibilidade de rastreio ou de vinculação à origem.”
Somente uma das exchanges investigadas movimentou R$ 10 milhões nos últimos seis meses. Além disso, a operação policial descobriu que a empresa mantém contato com negócios que são chamados de “laranjas”.