- Programa acompanhou investigações sobre morte de trader conhecido como “rei do pullback”
- Região dos Lagos é chamada de “paraíso dos golpistas” por acumular negócios com criptomoedas
- Investigação apresentada pelo Fantástico aponta tentativa de três homicídios no local
Logo após a morte do trader de criptomoedas Wesley Santarém Pessano dentro de um Porsche vermelho, a Polícia Civil investiga o “Paraíso dos Golpistas”, como foi chamada a região dos Lagos no Rio de Janeiro em uma reportagem do Fantástico.
De acordo com o vídeo publicado pelo G1, a região concentra dez empresas de supostos investimentos em criptomoedas, que oferecem um alto retorno mensal de até 30%.
Todas as dez empresas estão sendo investigadas por uma força-tarefa, depois que o ‘rei do pullback’ foi morto em São Pedro D’Aldeia – RJ. Além do trader assassinado, as autoridades apontam que três tentativas de homicídios estão sendo investigadas na região.
Fantástico denuncia esquema com criptomoedas
O assassinato do trader Wesley Pessano deu início a uma força-tarefa que investiga negócios com criptomoedas na região dos Lagos. A proliferação de esquemas com Bitcoin na região fez o local ser anunciado pelo Fantástico como “Paraíso dos golpistas”.
Além do “rei do pullback”, a reportagem apresentou uma investigação do Grupo X6, uma empresa de supostos investimentos em Bitcoin que fica na região dos Lagos. Além de criptomoedas, o negócio que oferecia rendimentos de 15% ao mês mantinha investimentos em ações, através da bolsa de valores.
No entanto, as autoridades descobriram que o dinheiro dos clientes não foi investido em criptomoedas e ou ações. Com a prisão de Ricardo Oliveira, dono do Grupo X6, o delegado Maurício Mendonça diz que mais de R$ 8 milhões foram investidos no negócio.
“O recurso não era alocado na bolsa de valores, tampouco no mercado de criptomoedas. Nós ouvimos e identificamos pessoas que aportaram num total, reunidas, mais de R$ 8 milhões. E poucas delas conseguiram recuperar pelo menos do 50% valor aportado.”
Morte de trader
Antes da prisão de Ricardo Oliveira, o “rei do pullback” foi assassinado enquanto dirigia um Porsche vermelho avaliado em R$ 440 mil. Sócio de uma empresa de criptomoedas na região dos Lagos, a Polícia Civil investiga a participação de três suspeitos na morte de Wesley Pessano.
Morto no dia 4 de agosto de 2021, o trader de criptomoedas pretendia cortar o cabelo quando o Porsche vermelho foi emparelhado por outro veículo, de onde os disparos foram efetuados.
Segundo o Fantástico, o funcionário de Weslley Pessano recebeu alta do hospital após também ser atingido por disparos enquanto acompanhava o “rei do pullback” no dia do assassinato.
No total, três pessoas foram presas por envolvimento na morte do trader de criptomoedas. Um dos acusados afirmou para as autoridades que recebeu R$ 40 mil para matar o “rei do pullback”.