Ainda continua as investigações sobre os negócios da GAS Consultoria. A empresa, que prometia lucro de 10% através de supostos investimentos em Bitcoin (BTC), pode ter lavado dinheiro do tráfico.
De acordo com a Polícia Federal, a empresa de criptomoedas recebeu dois depósitos suspeitos que totalizam R$ 1,7 milhão. O dinheiro, depositado em conta bancária, foi enviado por dois moradores que vivem em uma comunidade em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
Além do depósito suspeito de R$ 1,7 milhão, a GAS Consultoria enviou pagamentos para a Igreja Universal do Reino de Deus. Conforme noticiou o Coingape, a instituição religiosa recebeu R$ 72 milhões da empresa investigada como sendo uma pirâmide financeira.
Dinheiro do tráfico para investir em Bitcoin
Depois que o líder da GAS Consultoria foi preso durante a Operação Kryptos, a empresa está sendo investigada pelas autoridades. Entre as centenas de movimentações bancárias do negócio, a polícia aponta que dinheiro do tráfico pode ter sido enviado para o esquema que investia em Bitcoin.
Assim, conforme apontam as investigações sobre o caso, dois depósitos foram recebidos pela GAS Consultoria de moradores da comunidade do Lixo. No total, os depósitos movimentaram R$ 1,7 milhão em dinheiro.
O primeiro depósito recebido pela empresa corresponde a R$ 900 mil, enquanto que o segundo envio totalizou R$ 800 mil transferidos em dinheiro para a GAS Consultoria.
De acordo com as autoridades, esses depósitos aconteceram no dia 30 de junho. A investigação sobre o caso suspeita que o dinheiro seja proveniente da lavagem de dinheiro do tráfico, uma vez que os depositantes não possuem renda e ou ocupação laboral.
Igreja Universal recebeu R$ 72 milhões
A Polícia Federal desarticulou o negócio da GAS Consultoria que pode ter movimentado mais de R$ 38 bilhões. Com a promessa de lucro fácil, a empresa dizia que investia em Bitcoin e conseguia obter um lucro mensal de 10%.
Além do dinheiro recebido supostamente do tráfico de drogas, a GAS Consultoria teve envolvimento com ex-líderes da Igreja Universal do Reino de Deus. Em apenas dois anos, as autoridades descobriram que a instituição recebeu R$ 72 milhões do negócio investigado.
Preso desde o dia 24 de agosto de 2021, Glaidson dos Santos é apontado como o líder da GAS Consultoria. Através dele, a Igreja Universal recebeu quase R$ 13 milhões, divididos entre pagamentos com cartões de crédito e depósitos em dinheiro.